sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

BlahBlah Ensaio Sobre a Cegueira - Livro/Filme Blah

Por: Joseph MB

Na quinta-feira (3/2/11) fazendo uns recortes no curso achei uma matéria falado do filme CEGUEIRA. [Adaptação da obra de José Saramago].
Assim, como no livro o filme mostra uma epidemia de cegueira.
O curioso é o tipo de cegueira, uma cegueira branca, e muitas vezes comparada a um mergulho num mar de leite.

Como já foi dito, obra de José Saramago foi adaptado em 2008 para as telonas, acredito que o ponto ' X ' da produção, foi a presença de Fernando Meirelles (sim, aquele que dirigiu Cidade de Deus e O Jardineiro Fiel).

O Brasileiro teve toda essa responsabilidade!

"Ensaio sobre a Cegueira pode não ser o filme caloroso que o público se acostumou a esperar de Fernando Meirelles. Mas é exatamente o que deveria ser a adaptação do grande romance de José Saramago" por: Isabela Boscov (REVISTA VEJA - 10 de Setembro, 2008)

"Pesado demais. Não gostei!" por: Marina Costa

"O homem é mesmo sujo e cruel :/ e esse filme retrata isso como nenhum outro" por: Thiago Augusto Castro

O filme foi analisado dessa forma por muitos espectadores.
Outro ponto que mostra a personalidade do escritor é a ausência de nomes nas personagens, sendo apresentadas para o leitores de uma forma bem fria, mas transmitindo personalidade, raiva e apreço.

"AGORA CONHEÇO A CARA DAS MINHAS PERSONAGENS"

"Por que José Saramago hesitou em ver seu
romance adaptado. E por que ele gostou do filme"


"Houve um tempo em que eu respondia que não queria ver a cara das minhas personagens quando me chegavam pedidos de adaptação de romances meus ao cinema. Digamos que eu era então uma espécie de radical da escrita: o que não passava pela palavra posta num papel simplesmente não existia. Fernando Meirelles foi uma das vítimas desta intransigência. Quando o Ensaio sobre a Cegueira foi publicado no Brasil, salvo erro em 1995, imediatamente me escreveu para manifestar o seu interesse em adaptá-lo. Teria sido o seu primeiro filme, antes de Cidade de Deus, antes de O Jardineiro Fiel, se não tivesse esbarrado com o muro da resistência do autor a conhecer os actores que iriam dar consistência e outra realidade às figuras desenhadas pela sua imaginação. Não me lembro do que sucedeu depois. Escrevi a Fernando expondo-lhe as minhas razões? Não lhe escrevi sequer, deixando que o silêncio respondesse por mim? Melhor do que eu, ele o saberá. Ao autor do livro só lhe resta pedir desculpa e agradecer a sua generosidade de espírito, uma generosidade que lhe permitiu aceitar a minha recusa sem a menor acrimónia. Tanto mais que, agora sim, já conheço a cara das minhas personagens. Será preciso dizer que gostei delas? Será preciso dizer que gostei, e muito, do filme? Nunca esquecerei a tremenda emoção que experimentei ao ver passar por trás de uma janela, em fila, as mulheres que vão pagar com os seus corpos a comida que lhes havia sido sonegada, a elas e aos seus homens. Essa imagem resume, para mim, todo o calvário da existência da mulher ao longo da História."

Um comentário:

  1. Nossa, adoro esse filme!
    Totalmente diferente dos filmes que visto, tem um enredo, tem uma história totalmente louca.
    Mas também, né? Estamos falando de José Saramago.
    Beijos!
    Bom texto!

    T.

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